Há momentos em que é preciso
Apertar o Coração
E dizer,
Basta!
Não se pode mais continuar assim
É preciso parar e desabar
Destruir-se e tudo
À volta de si
Como criança inocente
Do nascer ao poente
Pelo menos uma vez
Ter em suas mãos
As rédeas do próprio destino
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
terça-feira, 8 de setembro de 2009
Rotidiano
E mais um dia se passou
Não foi igual aos outros
Mas a rotina, cruel rotina
Apaga e iguala e soma
Mais um dia igual
[ À outros
Não foi igual aos outros
Mas a rotina, cruel rotina
Apaga e iguala e soma
Mais um dia igual
[ À outros
segunda-feira, 31 de agosto de 2009
terça-feira, 11 de agosto de 2009
terça-feira, 21 de julho de 2009
sábado, 11 de julho de 2009
Versículos, 17
O Branco do papel
Revela o homem
O Puro e o Bruto
O papel em branco
Revela o homem
O Puro e o Bruto
Escrevendo como que
De trás pra frente
Nesta era apocalíptica
Ao Puro e ao Bruto
Da frente ou de trás
como que escrevendo
O papel em branco
Os homens revelam
O Puro e o Bruto
Revelam ao homem
O Branco do papel
Revela o homem
O Puro e o Bruto
O papel em branco
Revela o homem
O Puro e o Bruto
Escrevendo como que
De trás pra frente
Nesta era apocalíptica
Ao Puro e ao Bruto
Da frente ou de trás
como que escrevendo
O papel em branco
Os homens revelam
O Puro e o Bruto
Revelam ao homem
O Branco do papel
terça-feira, 28 de abril de 2009
Sentido
Ver.
Ver é tão humano.
E como confiar no invisível?
O ditado diz que,
O que os olhos não vêem,
O coração não sente.
Mas será que não sente mesmo?
Não só apenas com o olho
A mente perscruta
A noite
Nariz, ouvido e boca
Também sentem
Tocam com tato,
As mãos, braços e
Corpo e
Alma.
Ver é tão humano.
E como confiar no invisível?
O ditado diz que,
O que os olhos não vêem,
O coração não sente.
Mas será que não sente mesmo?
Não só apenas com o olho
A mente perscruta
A noite
Nariz, ouvido e boca
Também sentem
Tocam com tato,
As mãos, braços e
Corpo e
Alma.
quinta-feira, 2 de abril de 2009
Restos Revirados
Já não basta a fumaça
Do cigarro petroquímico
Que a tal vida moderna
Me obriga a engolir?
Diariamente passivamente
E o lixo visual
Sonoro ou do olfato
Poluem minha mente
Tomam conta do meu tato
No meio da rua entre os pedestres
No sinal sem ver ou querer
Esbarro noutro ser humano
E isso também é lixo?
Não não
Apesar do lixo que nos recobre
[ o corpo
Não o somos
É até possível
O lixo ser humano, não
humano ser lixo
Do cigarro petroquímico
Que a tal vida moderna
Me obriga a engolir?
Diariamente passivamente
E o lixo visual
Sonoro ou do olfato
Poluem minha mente
Tomam conta do meu tato
No meio da rua entre os pedestres
No sinal sem ver ou querer
Esbarro noutro ser humano
E isso também é lixo?
Não não
Apesar do lixo que nos recobre
Não o somos
É até possível
O lixo ser humano, não
humano ser lixo
sábado, 28 de março de 2009
Abraçar uma causa social
Vamos abraçar uma causa social, vamos fazer caridade, incentivar o assistencialismo. Abraçar crianças carentes, dar sopa aos famintos, e no fim lágrimas cairão...
Ai então poderemos voltar pra casa reconfortados e com a consciência limpa. Voltaremos ao nosso conforto, às roupas, moda, cultura descartável e mente vazia.
Portanto, vamos abraçar uma causa
[Fazer um]
social.
2007
Ai então poderemos voltar pra casa reconfortados e com a consciência limpa. Voltaremos ao nosso conforto, às roupas, moda, cultura descartável e mente vazia.
Portanto, vamos abraçar uma causa
[Fazer um]
social.
2007
segunda-feira, 23 de março de 2009
segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009
Andando na rua hoje, com meu violão debaixo do braço, eis que encontro um ilustre cidadão de Uberlândia: (Senhor) Eduardo Henrique, morador (pelo menos os filhos moram lá) do bairro Brasília (ele disse, mas eu não lembro o nome da rua). E não é que ele depois de pedir um cigarro (sem sucesso) , me pediu o violão?! Entreguei de bom grado, curioso para ouvir o som que viria. Após algumas notas de um solo, ele solta o grito: "dooon letmii daauuunn!" e canta o começo (era até onde sabia, disse) da música do Joãozinho e do Paulinho Macartineizinho (pra nós né?, comentou). Após os aplausos e sorrisos da platéia (meu amigo, eu e uma transeunte), ganhou ainda, ao fim do show, um cigarro pela metade, já queimando e foi o bastante pra sua vontade de pitar e saiu andando, não antes sem as devidas despedidas.
O (Senhor) Eduardo Henrique é uma pessoa bastante agradável e sociável (segundo me pareceu), mas qualquer um podia perceber que ele parecia perdido, não sei, talvez tateando às cega no escuro do asfalto, sem poder se levantar, sem poder ver algum caminho. A mãe dele, como nos contou antes, está com um problema de saúde (parece ser na gargante, pelo que ele colocou as mãos no pescoço) e ele certamente está desempregado ( afinal o que fazia fissurado por um cigarro de camisa e short, levando um guarda-chuva numa segunda-feira quatro horas da tarde?!). Apesar disso tudo, ele ainda sentou num banco, pegou meu violão e cantou, "Don't Let Me Down!".
E eu tentei. Realmente correspondi ao olhar e o sorriso e sorri e apertei sua mão e agradeci com palmas pela música, pelo encontro inesperado, cômico, que insiste em voltar toda hora a cabeça junto com o refrão cantado por aquele ser tão diferente e tão igual, que só poderia ter acontecido numa segunda-feira nublada de verão as quatro horas da tarde nove dias depois de sete de fevereiro de dois mil e nove.
Pra quê mais estamos aqui, senão dar as mãos e não deixar que ninguém esteja caído?
Don't Let Me Down !
domingo, 18 de janeiro de 2009
Caminhando
Pobre vagabundo caminhando
Pela rua escura sem Lua
Na cabeça idéias martelando
Nervos expostos na carne crua
Sem medo de ser e viver
Coração quebrado e destroçado
Uma lágrima no rosto cansado
A morte não é pra se temer
O peito arde em chama
A fumaça é um véu
Que clareia a mente
e limpa o céu
Vida desgraçada
Já não tem mais graça
quero descer, por favor
Essa é a última parada
Pela rua escura sem Lua
Na cabeça idéias martelando
Nervos expostos na carne crua
Sem medo de ser e viver
Coração quebrado e destroçado
Uma lágrima no rosto cansado
A morte não é pra se temer
O peito arde em chama
A fumaça é um véu
Que clareia a mente
e limpa o céu
Vida desgraçada
Já não tem mais graça
quero descer, por favor
Essa é a última parada
2006
sábado, 3 de janeiro de 2009
Nada válido ou inválido em teu coração
Ou me engano, e tu a ti também?
E há em teu coração
Assim como neste
Tanta dor, revolta e angústia?
E se há, porque este silêncio ensurdecedor?
Porque abafa a voz que clama no peito?
Já não me escuto mais, não te escuto mais
Nesta balbúrdia de sons, imagens e outras sensações
Bailam tristeza e alegria, um belo par
E tudo que sei
É que o céu se tinge de vermelho
Em mais um crepúsculo, ou
Alvorada?
Ou me engano, e tu a ti também?
E há em teu coração
Assim como neste
Tanta dor, revolta e angústia?
E se há, porque este silêncio ensurdecedor?
Porque abafa a voz que clama no peito?
Já não me escuto mais, não te escuto mais
Nesta balbúrdia de sons, imagens e outras sensações
Bailam tristeza e alegria, um belo par
E tudo que sei
É que o céu se tinge de vermelho
Em mais um crepúsculo, ou
Alvorada?
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