domingo, 18 de janeiro de 2009

Caminhando

Pobre vagabundo caminhando
Pela rua escura sem Lua
Na cabeça idéias martelando
Nervos expostos na carne crua

Sem medo de ser e viver
Coração quebrado e destroçado
Uma lágrima no rosto cansado
A morte não é pra se temer

O peito arde em chama
A fumaça é um véu
Que clareia a mente
e limpa o céu

Vida desgraçada
Já não tem mais graça
quero descer, por favor
Essa é a última parada




2006

sábado, 3 de janeiro de 2009

Nada válido ou inválido em teu coração
Ou me engano, e tu a ti também?
E há em teu coração
Assim como neste
Tanta dor, revolta e angústia?
E se há, porque este silêncio ensurdecedor?
Porque abafa a voz que clama no peito?
Já não me escuto mais, não te escuto mais

Nesta balbúrdia de sons, imagens e outras sensações
Bailam tristeza e alegria, um belo par
E tudo que sei
É que o céu se tinge de vermelho
Em mais um crepúsculo, ou
Alvorada?